Assim até eu que sou mais boba topo fazer: arrecadar com aval da prefeitura! Essa turma sabe muito bem o que está fazendo, bobos somos nós que não denunciamos mais essa maracutaia!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

13 coisas que jamais alguém viu

01. Cabeça de bacalhau
02. Previsão da Mãe Diná dar certo
03. Filho de prostituta chamado Junior
04. Roberto Carlos de bermuda
05. Genro com retrato de sogra na carteira
06. Enterro de anão
07. Chester vivo
08. Papel higiênico em banheiro público
09. Salário durar trinta dias
10. Cocô de índio
11. Japonesa vesga
12. Entrevistado do Ibope
13. Porta voz tão boquirroto quanto o, oficioso, do Pedro Tobias

Para bons entendedores

Assim como não existe ex-corno, não existe ex-viado, não existe ex-traidor, não existe ex-chato, não existe ex-burro e não existe ex-babaca, não existe também ex-corrupto, embora esse último faça o maior esforço para disfarçar.

Alguém imagina isso ex-isso numa pessoa só? Parece que aqui em Bauru estão querendo lançar.

A mentira de cada um

As maiores mentiras contadas por:

ADVOGADO: Este processo é rápido.

VENDEDOR NA FEIRA: Se houver alguma coisa, venha cá que eu troco.

ANFITRIÃO: Já vão? Ainda é tão cedo!

ANIVERSARIANTE: Um presente? A tua presença é mais importante...

BÊBADO: Sei perfeitamente o que estou dizendo.

CASAL SEM FILHOS: Apareçam quando quiserem; adoramos os seus filhos.

CORRETOR IMOBILIÁRIO: Em 6 meses colocarão: água, luz e telefone.

POLÍCIA: Tomaremos as devidas providências.

DENTISTA: Não vai doer nada.

DESILUDIDA: Não quero mais saber de nenhum homem.

DEVEDOR: Amanhã, sem falta!

FILHA DE 19 ANOS: Dormi em casa de uma amiga.

FILHO DE 19 ANOS: Volto antes da meia-noite.

GERENTE DE BANCO: Trabalhamos com as taxas mais baixas do mercado.

MECÂNICO: É do carburador.

NAMORADA: Para dizer a verdade, eu nem beijar sei...

NAMORADO: Você é a única mulher que eu realmente amei...

NOIVO: Casaremos o mais breve possível!

ORADOR: Apenas duas palavras...

PEIXEIRO: Pode levar que é fresquíssimo.

POBRE: Se eu fosse milionário distribuiria dinheiro pelo mundo...

RECÉM-CASADO: Até que a morte nos separe.

VENDEDOR DE SAPATOS: Depois alarga no pé.

SOGRA: Entre marido e mulher eu não meto a colher.

VICIADO: Esta vai ser a última.

PATRÃO: Se eu pudesse, o aumento seria maior.

NA SALA DE BATE PAPO: É a primeira vez que entro, nem gosto muito disso.

MULHER EM FINAL DE CASAMENTO: Ainda adoro você, eu é que estou a passar uma fase complicada.

ENTREGADOR DE PIZZA: Daqui a 10 minutos... já estou saindo e não me atraso!

PORTA VOZ OFICIOSO: Invadiram o blog e alteraram meu texto!

As 55 maiores mentiras

As 50 maiores mentiras que costumamos ouvir por aí, receberam o acréscimo de outras cinco, recentemente lançadas pelo pessoal do "blog do bem", principalmente pelo boquirroto do porta voz oficioso.

Veja a lista das antigas 50, logo em seguida as novas 5 recém lançadas:

01 - Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
02 - Não nos procure, nós o procuraremos!
03 - Pode deixar que eu te ligo.
04 - Puxa, como você emagreceu!
05 - Fique tranqüilo, vai dar tudo certo.
06 - Quinta-feira, sem falta, o seu carro vai estar pronto.
07 - Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
08 - Eu só bebo socialmente.
09 - Isso é para o seu próprio bem...
10 - Eu estava passando por aqui e resolvi subir.
11 - Estou te vendendo a preço de custo.
12 - Não vou contar pra ninguém.
13 - Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
14 - Somos apenas bons amigos...
15 - Que lindo é o seu bebê.
16 - Pode contar comigo!
17 - Você está cada vez mais jovem.
18 - Eu nem reparei que você usava peruca...
19 - Nunca broxei antes.
20 - Você foi a melhor transa que eu já tive!
21 - Não contém aditivos químicos.
22 - Estou sem troco, leve um chiclete.
23 - Obrigado pelo presente, era exatamente o que eu estava precisando....
24 - Não se preocupe, essa roupa não vai encolher.
25 - Não se preocupe, essa roupa vai lacear.
26 - Essa roupa é a sua cara!
27 - Eu não pude evitar.
28 - Tudo o que é meu, é seu.
29 - Nunca te traí!
30 - Eu não sou candidato.
31 - Começo a dieta na segunda...
32 - O trabalho engrandece o homem!
33 - Isso nunca aconteceu comigo...
34 - Isto vai doer mais em mim do que em você.
35 - Dinheiro não traz felicidade.
36 - Você sempre foi a única!
37 - Pode ir que vou depois.
38 - Eu nem estava olhando...
39 - Que bom que você já arrumou outro, estou feliz.
40 - A amizade é o que importa.
41 - Juro que não estava sabendo!
42 - Não fui eu que contei.
43 - Está perfeito!
44 - Esse carro nunca foi batido, só fica na garagem...
45 - Não folga que sou do jiu-jitsu!
46 - Eu liguei, mas ninguém atendeu...
47 - Beleza e dinheiro não importam, e sim estar feliz.
48 - Ela era virgem quando a conheci.
49 - Cuidado que nasce pelo na palma da mão!
50 - Só a cabecinha!

As novas:

51 - Eu só quero ajudar Bauru!

52 - Não fui eu que escrevi, invadiram meu blog!
53 - Não fui eu que tirei, invadiram meu blog!
54 - Consegui recuperar!
55 - 400 acessos por dia!

Para evitar outros mal-entendidos

Temos que avisar o boquirroto porta voz do Deputado Pedro Tobias que, da mesma forma que não existe nem meio virgem e nem meio grávida, tampouco existe "meio oposição".

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A pedidos

Recebemos esse texto que publicamos a pedido da autora, alguns pequenos trechos foram suprimidos para que não causassem mais dissabores que os que já vivemos:

Querida,

Temos assistido, estarrecidos, uma sucessão de asneiras cometidas pelo (suposto) novo assessor de comunicação do Deputado Pedro Tobias, que parece ter a intenção de bajular seu patrão mas acabou por colocá-lo, como disse meu filho, em uma verdadeira "sinuca de bico".

O Deputado participou de um evento partidário e teria afirmado, de acordo com seu assessor, que estaria "meio na oposição" em relação ao Governo Serra.

Isso, colocado no contexto de uma recente refrega pela liderança da bancada de seu partido, que trouxe desgaste físico e emocional que, por sua vez, aliados a diversos outros fatores, culminaram num acidente vascular cerebral, somada ainda a forma sempre descontraída e bem humorada própria do Pedro Tobias, que falava para público interno, brincalhão, alegre e descontraído, feliz com a recuperação e com o carinho que recebia, tem um peso.

Mas colocado como foi, como se fora dito em tom de desafio ao Governador, passou a ter um peso totalmente diferente, exagerado e desigual: do alto de seus 200 mil votos, o Deputado estaria ameaçando o Governador, que por sua vez teve 12 milhões e 300 mil votos.

É claro que tal desafio não ocorreu, nem poderia passar na cabeça de qualquer pensante normal que tivesse ocorrido, a não ser na de algum exagerado que no afã de bajular e mostrar intimidade e submissão totais àquele que lhe estendeu a mão ao lhe proporcionar trabalho passou a, como disseram minhas filhas "viajar na maionese!

Nem tampouco Pedro Tobias atribuiu, como ficou parecendo, culpa à disputa pela liderança no caso de seu AVC. Pedro é médico, e como tal sabe que sua vida era muito estressada, seu ritmo alucinante, e assim foi a vida toda, no trabalho e na política. Isso, somado aos fatos de fumar e não ter regularidade na alimentação e no descanso, o colocaram nesse grupo de alto risco, do qual, graças a Deus, vai sair, com esforço, após esse sinal que recebeu.

Quem conhece o Deputado, como minha família conhece, sabe de sua absoluta fidelidade partidária e sabe também o quanto ele se empenhou nas campanhas do PSDB. Todos de seu grupo mais próximo, a começar do Vereador Marcelo Borges, têm a mesma postura do líder e são totalmente sintonizados com o partido nos âmbitos estadual e federal.

Quem acompanhou a vinda do Governador a Bauru, ainda bem antes do fatídico evento em questão, quando o Deputado estava se recuperando do acidente, ouviu as palavras de carinho que Serra dedicou a Pedro. Homem caloroso, de coração cheio de emoção, Pedro jamais responderia de outra forma que não a de dedicar toda a sua força ao governo de um amigo.

O Deputado e o Vereador poderão até sair chamuscados do episódio pela repercussão negativa que este alcançou, mas não deixarão que isso abale a determinação que têm na defesa do Partido e do Governo, ainda mais quando se trata de Serra, de quem sempre foram muito próximos, desde a fundação do PSDB.

Como diz sempre meu marido, "tiririca e puxa saco dão em qualquer lugar" e são difíceis de serem exterminados, ainda mais quando, no caso de um puxa saco, tem a necessidade de trabalho e emprego para dar sustento a si e a sua família e quer mostrar serviço, imaginando que veicular para a imprensa aquilo que queria que tivesse ocorrido, é a forma de se mostrar dedicado e submisso ao patrão. Coitado!

E coitados de nós que temos que conviver com toda essa "vontade de aparecer".

Bauru, abril de 2007.


ps. Depois desse texto, gostaria de não ter mais que voltar ao assunto, será que o assessor abilolado vai dar um tempo em suas maluquices? Tomara!

domingo, 22 de abril de 2007

Pizza "meia a meia"

A política é uma atividade que exige eterna vigilância, não se pode descuidar um pouquinho que corremos o risco de fazer besteira. Ainda na política, como de resto em todas as atividades humanas, a versão muitas vezes suplanta o fato.

De ontem para hoje fomos surpreendidos com uma saraivada de novidades no ninho tucano que nos levam a imaginar que ou se trata de um primeiro de abril tardio, ou está havendo uma verdadeira revolução na tradicional forma de fazer política dos líderes do PSDB em Bauru.

A primeira grande surpresa foi descobrir que aquele ex professor da Unesp, o mesmo que foi demitido a bem do serviço público pelo Reitor da Universidade, assume de vez a assessoria de comunicação do Deputado Pedro Tobias e passa a falar em nome deste último com desenvoltura e até com certa tagarelice exagerada que poderá vir a causar certo mal estar no relacionamento do Deputado com o Governador José Serra. Para quem não viu, falo de um material que o dito cujo fez publicar em seu blog no final de semana.

O material produzido pelo assessor e já reproduzido pela imprensa, que trata de uma reunião em que esteve presente um Deputado Federal (transformado em jurado de concurso de beleza de Poupa Tempo), tem alto potencial explosivo, pois afirma que nosso querido Pedro Tobias é "meio de oposição" ao Governo Estadual, cujo Governador é do mesmo partido do Deputado.

Em não bastando divulgar que Pedro Tobias é meio opositor de José Serra, o assessor parte para a ameça velada e pergunta se o Governador pagaria para ver nosso Deputado na oposição, afirmando ainda que o mesmo é melhor na oposição que na situação. Pode? Que teve 200 mil votos, que isso e que aquilo, achando que vai o que? Dar dor de barriga no Governador? Cuidado tem que ter o assessor, pois o Governador, que teve "só" 12 milhões e 300 mil votos, pode querer puxar sua ficha corrida na Universidade...

Talvez por isso José Serra preferisse mesmo outro que não o Pedro na liderança do partido na Assembléia, pois o partido é situação, e como o assessor de Pedro Tobias afirma que ele é melhor na oposição, então não era mesmo sua hora certa!

Se o que diz o assessor for verdade mesmo, ou seja, se Pedro Tobias realmente é "meio de oposição" a Serra, nada mais justo que o Governador peça de volta metade dos cargos que foram indicados pelo nosso Deputado, a começar do querido Carlos Ladeira, que já poderá começar sua campanha desde já, sem ter que se preocupar em defender o Governo do Estado ao pedir votos.

Quem é "meio oposição" tem direito a manter metade dos cargos? Ou a nomear metade deles? Essa pizzaria faz pizza "meia a meia"? Sai uma metade situação, metade oposição... Pode ser que o correto mesmo fosse devolver todos os cargos, conseguidos quando era situação, e depois pedir metade deles, então já na condição de semi opositor, não é verdade?

Talvez o que foi veiculado contenha inverdades e se foi isso que aconteceu temos que concordar com o que dizia Izzo Filho quando afirmava que assessor tem que ter a cabeça apertada o tempo todo, ainda mais de um assessor como esse!

Esse é o risco que se corre ao ser assessorado por alguém que bajula muito, que pula galho em galho, de barco em barco, que entrou para os quadros da política pelas mãos de Tuga Angerami, que ingressou na Unesp pelas mãos do ex Deputado e ex Prefeito Tidei, que galgou cargos na hierarquia universitária se dizendo representante do Pedro Tobias e que tentou de diversas formas ocupar o cargo de Secretário da Cultura, nos governos Nilson Costa e Izzo Filho e que está de volta, como se nada tivesse acontecido, ao convívio de nosso Deputado, sem ao menos explicar por quais motivos foi sumariamente demitido da direção da Rádio Unesp e do cargo de professor, depois de longo processo administrativo.

Ainda durante a semana vamos tentar conversar com o Doutor Rubens Emil Cury para saber dele, que é sabidamente muito amigo de Pedro Tobias, o que está acontecendo, se o assessor está dizendo a verdade e se o Deputado está em pleno gozo de suas faculdades mentais.

Esperamos que durante a semana esse tema volte à baila e que o Vereador Marcelo Borges, Carlos Ladeira, Caio Coube, o Vereador Garms e outros tantos venham a dizer o que pensam desse assunto e, os que são candidatos, se querem o apoio do Governo ou se preferem sair pela oposição e deixar que Serra apoie outro em Bauru, talvez ligado a Tuga Angerami, esse sim amigo do Governador.

PS 1. O que foi feito do senhor Amantini que até o mês passado respondia como Assessor de Imprensa do Deputado Pedro Tobias?

PS 2. Caso se confirme que o ex professor demitido volta a responder pela assessoria do Deputado Pedro Tobias, dessa vez será feita direta e abertamente pelo Gabinete ou será, como dizem que foi no passado, através da contratação de alguma parenta do mesmo?

PS 3. O material foi divulgado por este blog (veja aqui), para todos os Deputados Estaduais, principalmente os da base governista, incluindo aí os Deputados Barros Munhoz e Mauro Bragato, para o Palácio dos Bandeirantes, para o Secretário Aloisio e para o Diretório Estadual do PSDB.

PS 4. Para o venerável Vereador Marcelo Borges: a "Rede do Bem" cobra por esse tipo de assessoria? Quanto ele cobra por essa merda?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Proposta séria!

Depois dos escândalos da cultura, da baixaria que os "agitadores" deram na Câmara, e da audiência onde nada foi esclarecido, temos uma proposta a fazer: a fusão das pastas da Cultura com a Agricultura. A segunda cuida da flora, a primeira cuida da fauna; vamos unir as duas e pronto! Aceitamos sugestões de nomes para ocupar a super pasta.

Só precisamos saber se os produtores rurais também poderão gozar dos benefícios da lei de incentivo, pois eles também sabem produzir abobrinhas, mais saborosas, nutritivas e a um custo muito mais baixo.

E o "espaço da Nações voltaria a abrigar a feira livre, não é isso que os "produtores" culturais pedem: liberdade? Liberdade para todos, para os produtores rurais também!

sábado, 7 de abril de 2007

Pronac 065671

Ganha uma mariola quem conseguir achar no site do Ministério da Cultura alguma referência sobre o projeto carnaval caça níqueis "roubanet" (Nº Pronac :065671 - Carnaval de Bauru: O Retorno da Maior Festa Popular Coletiva).

Ganha uma tubaína quem encontrar referência ao mesmo projeto no site da Pró Cultura.

E ganha uma gengibirra quem explicar como é que a Pró Cultura foi escolhida para elaborar o projeto e como escolheu os impolutos "empresários" arrecadadores aqui de Bauru.

Incentivo$ culturai$

Recebemos, e publicamos, um comentário sobre o artigo A Cultura da Violência, supostamente de autoria do presidente da ATB e resolvemos retomar o assunto. Não nos termos propostos pelo comentarista, mas nos termos em que julgamos justos, pois não temos, como tem ele, nenhum tipo de vínculo de interesse pessoal pelo assunto, o que dizemos aqui pode até ser de abelhudice, mas não carrega nenhum interesse econômico-financeiro.

Não fazemos parte da "classe artistica" (assim mesmo, sem acento, conforme consta do blog "meu teatro"), ou coisa que o valha, como dizem ser esses "exaltados" agentes culturais, muitos deles "mais reconhecidos fora desta cidade"; não somos "artístas" (assim mesmo, acentuado, conforme escreve o artista comentarista"; trabalhamos aqui em Bauru, recolhemos nossos impostos aqui e temos sim o direito de cuidar daquilo que também é nosso.

Nossa opinião sobre o tema pode ser resumida assim: somos contra a Lei de Incentivo à Cultura("Programa Municipal de Estímulo à Cultura de Bauru"), somos contra qualquer Lei de Incentivo baseado na isenção de impostos, baseado na renúncia fiscal. Se cabe ao município incentivar a Cultura, que o faça de maneira direta, que arrecade e pague, e que o executivo o faça de acordo com um programa anunciado previamente durante a campanha, e que o legislativo fiscalize, e pronto.

Somos contra a lei de incentivo à cultura, de Bauru, mesmo sabendo que teve origem em proposta de Sérgio Losnack, esse sim um sério, honesto e competente secretário da cultura em nossa terra.

Qualquer forma de incentivo, principalmente o assentado na renúncia fiscal, onera todas as demais atividades das pessoas e do governo. Fica mais caro andar de ônibus, fica mais caro ir à escola, fica mais caro comer, para que alguns indivíduos ou associações "arrecadem" e dêem o destino que quiserem ao resultado ao que arrecadam em nome da municipalidade, ou da união, no caso da lei Rouanet.

Se esse tipo de arrecadação lateral não interferisse na arrecadação direta, ou seja, se contribuíssem outros, que aqueles que evitavam contribuir passassem a fazê-lo, ainda assim seria altamente questionável do ponto de vista da justiça tributária. Mas não, já existem estudos que comprovam que quem "contribui" através das leis de incentivo são exatamente aqueles que já pagavam seus impostos e, em sua maioria, não poderiam deixar de pagá-los em virtude de particularidades de suas atividades que impossibilitam a sonegação.

Então fica assim: o sonegador não passa a pagar, pela via indireta, e os "arrecadadores" correm para cima exatamente daqueles que têm que recolher aos cofres públicos o dinheiro devido e que não poderiam deixar de fazê-lo de forma nenhuma.

O que esse tipo de lei incentiva mesmo é o surgimento de várias iniciativas "culturais" que jamais nasceriam se não fosse dessa forma esdrúxula de jogar dinheiro público pelo ladrão. Quem tiver paciência que procure ver o que já foi feito em nome do incentivo à cultura, já vimos até shows de Bruno e Marrone terem projetos aprovados pela lei Rouanet (Nº Pronac :064775 - Tournée Bruno & Marrone com Orquestra - Região Sul (1) e Nº Pronac :064776 - Tournée Bruno & Marrone com Orquestra - Região Sul (2), além de três outros mais antigos), o que já é muita sacanagem.

Mas estamos falando de outro tipo de sacanagem: o superfaturamento, o superdimensionamento dos projetos. Não vamos entrar no mérito, mas em Bauru temos um claro exemplo disso que foi o projeto que o próprio secretário da cultura patrocinou, e do qual é "sócio", como ele mesmo diz por aí, que propõe arrecadar dois milhões em 2007 para um evento que poderia ser feito com seiscentos mil, conforme afirmava o próprio secretário em 2006, ou trezentos mil, conforme ainda o secretário em 2005.

Pois é essa vergonha que os agentes culturais, entre eles o secretário, querem defender, e mais, no caso do secretário, um projeto específico que orça em dois milhões o que ele mesmo disse poder ser feito por trezentos mil. Sobre isso não vamos nunca deixar de falar, apesar das ameaças constantes que chegam a nossa caixa postal.

E para defender esse estado de coisas a "classe cultural" foi à câmara, fez o que fez, a ainda sai dizendo que foi ofendida. Que seja de nosso conhecimento, nunca um vereador foi ao local de trabalho dos tais "agentes culturais" ou "artistas" ofender quem quer que seja, nem ao menos vaiar suas intervenções artísticas. Nunca soubemos de nenhum episódio desse tipo, a não ser de "agentes culturais" ou "artistas" que vaiam e ofendem outros "agentes culturais" ou artistas".

Nós somos contra as leis de incentivo para quem quer que seja, Bruno e Marrone ou o artista do teatro Butoh. Que fique bem claro que não somos contra o patrocínio, desde que seja direto e feito às claras por quem de direito, que teve votos para tal, devidamente fiscalizado por que de direito, que igualmente teve votos para tal. Aí sim saberíamos o que pensam o senhor prefeito e seu secretário sobre a cultura, se é que pensam alguma coisa sobre o tema. Aí veríamos o que fariam em relação ao tão polêmico carnaval, se é que fariam alguma coisa.

Somos contra, escrevemos aqui que somos contra e acabou. Não fazemos ameaças, não fazemos escândalos, não damos shows nem pitis, não organizamos eventos a favor ou contra, não fazemos palhaçadas.

Já sabemos o que estão articulando os que defendem esse cartório infame que aprovou cinco projetos de um mesmo propositor (exatamente o mesmo para o qual a secretaria devia!); sabíamos que haveria manipulação até já antes da organizada manifestação na câmara; sabemos o que querem, que é tumultuar a audiência pública da cultura; sabemos da festa onde tudo foi planejado; sabemos até do cardápio dessa festa, dos coquetéis e outros incentivos que aumentam a coragem da turminha da Nações e de seus asseclas.

É nisso que dá: vão a essas festas, consomem de tudo, às custas do erário, claro, falam demais, ficam corajosos e voluntaristas, e saem por aí dizendo uma enormidade de besteiras, tudo em nome da cultura, da "classe cultural" e da "classe artistica" (sic).

Mas toda essa coragem, estimulada artificialmente, não garante que vão até o fim, que expliquem sem meias palavras o que têm que explicar antes de poderem passar a dar seus palpites sobre os demais assuntos em questão: falem dos cinco projetos aprovados, falem do projeto do carnaval, expliquem a dívida para com a ATB, e daí sim venham a discutir outros assuntos sobre os quais ainda não têm legitimidade para opinar.

terça-feira, 3 de abril de 2007

A cultura da violência

Algo dizia que seria assim como foi, a matéria do JC que tratava do assunto já trazia o prenúncio de que haveria todo o excesso que houve; muito informado o nosso jornalista, parecia até estar torcendo para que isso ocorresse!

Mas quem é do ramo não se assusta. Quem conhece os meandros dessas armações sabe que mais dia menos dia isso iria ocorrer mesmo.

É óbvio que a secretaria da cultura está por trás disso tudo, assim como é óbvio que vão querer mudar o foco do questionamento da audiência pública.

Informações circulam, e já circulavam durante a semana passada, alertando que esse tipo de ação estava sendo organizada; assim como foi organizada a onda de ameaças de retaliação que estão sofrendo os que ousaram se opor ao domínio da turma da Nações.

Circula por aí um boato que atribui esse estado de ânimo a uma festa, realizada durante o final de semana anterior, regada a Deus sabe lá o que, onde "agentes" e "agitadores" culturais teriam traçado uma linha de defesa: o ataque, mas não o ataque frontal aos autores das denúncias, o ataque lateral, à câmara e aos vereadores, para criar instabilidade capaz de anular a audiência pública .

Contam que na ocasião os tais estavam bem mais corajosos, movidos pela ingestão de álcool e outros aditivos, e que chegaram a propor algumas ações mais violentas, que esperamos já tenham caído no esquecimento depois da ressaca.

A estratégia desenhada é bem clara: desqualificar a câmara e os vereadores para desqualificar a audiência pública. O motivo da adoção dessa estratégia é mais claro ainda: não terão respostas para as perguntas que sabem que surgirão.

As perguntas, todos sabemos, estão de posse do senhor prefeito e do senhor secretário da cultura já há muito tempo, muito antes desse último "solicitar" sindicância, e parece que não conseguiram até agora arrumar uma forma de, pelo menos, contornar os graves problemas que foram apontados pela enorme série de denúncias, que não para de crescer.

A forma que encontraram foi essa, altamente arriscada, da provocação ao legislativo; para isso escalaram, sabe-se lá a que preço, alguns exaltados que serviram ao intuito de tentar amedrontar os vereadores e ameaçar a realização da audiência pública.

Mas os organizadores dessa ação fascista, sem querer, acabaram por dar mais corda para seus próprios enforcamentos: a lei de incentivo à cultura vai passar a ser objeto de análise mais acurada, pois nunca foi visto, em lugar nenhum, tamanha defesa de mecanismo tão mal arquitetado.

Aí tem coisa!

Como tem coisa também no projeto do "carnaval do aplique", como vem sendo chamado no meio empresarial, que é objeto de várias denúncias.

Dá até para ver uma armação desenhada: para desfocar dos dois milhões, que são indefensáveis, escala-se uma bateria de apaniguados, que defendem os minguados recursos que esperam arrecadar com a "roubanet municipal".

Mas, por mais que se esforcem e se contorçam nessa dança butoh (é butoh, e não butho, seus ignorantes!), não vão conseguir desfocar a audiência pública, não vão escapar dela; e muito menos vão escapar do Ministério Público, que é para onde irão todos esses projetos de incentivo "roubanet", quer os dos pequenos, municipais, quer o dos graúdos, dos dois milhões para o carnaval da fantasia.

Se acabarmos por descobrir que há realmente por trás dessas manifestações a mão da secretaria da cultura, conforme tudo indica, vamos ficar esperando uma manifestação do senhor prefeito, que já foi deputado e não poderá permitir que tal tipo de ação irresponsável contra o legislativo seja patrocinada por sua equipe e às expensas do erário público.

Ou estaremos instalando a cultura da violência, e terá sido esse o grande projeto do atual secretário, que fez da pasta uma extensão de seus lares, dos bares e de outros lugares que freqüenta com assiduidade bem maior que a com que se apresenta ao serviço.

A notícia tal como ela é

Classe artística solta o verbo na Câmara
Sem representação entre os vereadores, produtores e artistas defendem sua atuação e defendem Lei de Estímulo
Diego Molina
Com audiência pública marcada para apurar denúncias de irregularidades na Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e a apresentação de um projeto de lei que pretende modificar a estrutura da Lei de Estímulo à Cultura, tem-se a impressão de que finalmente a classe artística pode ganhar voz na Câmara Municipal de Bauru.

Representantes da Sociedade Amigos da Cultura (SAC) e de outras entidades organizadas do setor devem comparecer hoje à sessão extraordinária para acompanhar a fala do diretor teatral Bruno Wan Dick na Tribuna. A intenção da classe artística é mostrar como se dá a atuação da SAC, existente na cidade há cerca de 10 anos, e de outras entidades culturais regulares, como a Associação de Teatro de Bauru e Região (ATB), Cineclube Aldire Pereira Guedes e Associação de Dança de Bauru (Adab).

Para o produtor cultural Zé Ramos, presidente da SAC, a discussão de denúncias na SMC pelos vereadores não pode denegrir o trabalho realizado pelos grupos e artistas da cidade. “Se um vereador fala mal da (secretaria de) Cultura, é uma briga do Legislativo com o Executivo, não com os artistas e com a SAC”, frisa.

Ramos coloca que a SAC vem tentando organizar um histórico de todos os projetos promovidos, apresentados à SMC e realizados pela entidade nos últimos anos, com o intuito de comprovar a atuação da entidade e até mesmo mostrar como a Lei de Estímulo vem funcionando para a classe artística. Segundo o presidente, muitos projetos foram inscritos na lei através da SAC, nos últimos anos, em razão da exigência de uma associação organizada juntamente com o autor ou realizador.

“A SAC é aberta. As pessoas não pagam nada para participar, qualquer um (artista ou produtor) pode se apresentar pela SAC, é preciso apenas cumprir o que pede o estatuto, exige-se pelo regimento que a pessoa participe das reuniões (para obter o aval da associação para a apresentação de projetos)”, explica Ramos.

O diretor teatral Márcio Pimentel, representante paulista na Câmara Setorial Nacional de Teatro, entidade ligada à Fundação Nacional das Artes (Funarte), frisa que a fala na Tribuna, hoje à tarde, pretende esclarecer sobre o desenvolvimento dos projetos e do que a classe artística faz com a comunidade.

“É uma classe muito prejudicada, sem visibilidade. Os poderes (Executivo e Legislativo) têm de estar cientes da situação. Os vereadores precisam comparecer aos encontros (da SAC) para visualizar os trabalhos e nosso processo, precisam se interessar antes de levantar um projeto para mudar a Lei de Estímulo. Isso é incoerente e desmotiva todo o processo de classe”, afirma Pimentel.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Está chegando a hora!

O debate vai esquentar, já está esquentando, e o ambiente vai ficar pesado, mas dessa vez teremos algum avanço e alguma definição em relação às maracutaias da secretaria da cultura.

Temos que ficar muito atentos, vai haver de todo o tipo de tentativa de desviar o foco para questões secundárias ou questões estruturais, para evitar o assunto principal da audiência: a gestão, a atual gestão, até por seu projetos e programas, mas, principalmente, e infelizmente, por desmandos de toda a sorte que vêm sendo praticados e denunciados já há mais de dois anos e que, finalmente, virão a público para serem de uma vez questionados e eliminados.

Um sintoma de que as paixões vão estar extremadas são as ameças que vêm surgindo. Já passamos por um período semelhante quando se questionava o projeto do carnaval Rouanet e alguns espectos muito estranhos como, por exemplo, a escolha da dupla de arrecadadores. Já naquela época surgiram ameaças e uma sucessão de comentários provocativos aos artigos desse blog.

Há uma nova onda de ameaças e provocações no ar, a semana vai começar quente, com debates na câmara e com o recente surgimento de boatos ainda maiores e piores sobre a ação da equipe da secretaria da cultura e do próprio secretário no que diz respeito ao uso das verbas para pequena despesas.

A cada onda de notícias ou boatos que surge contra o secretário da cultura, uma onda de ameaças a quem ousa questionar e comentar as denúncias existentes, surge também, muito maior e muito violenta, mas fácil de ser identificada, quer pelas intenções, quer pela origem.

A semana vai começar quente, mas vai ser curta. A próxima semana será a véspera da audiência, será quando as denúncias serão documentadas, quando os vereadores mais receberão documentos e listas de questionamentos; será quando serão definidas as linhas principais de abordagem dos problemas já detectados quer pela câmara, quer pela auditoria do executivo.

Tudo indica que com a audiência pública a cultura de Bauru passará a ser respeitada, atingirá a maioridade e terá competência e coragem para tratar de público dos problemas que surgirem daí para a frente.

Para que isso aconteça, que a cultura se emancipe, será necessário matar o velho e carcomido mecanismo do protecionismo e da prevalência do interesse econômico privado sobre os interesses comunitários.

Haveremos de conseguir eliminar o compadrio, o "acerto", a "comissão", o desmando, a petulância e a falta de caráter, para implantar um ambiente produtivo e cheio de vida e de respeito.

A cultura nunca mais será a mesma; será, tomara, melhor; exatamente o local onde se debaterá a produção cultural, onde as entidades e os indivíduos serão considerados, onde o patrimônio e dinheiro públicos serão respeitados.

Onde se pensará na cultura a serviço a comunidade e na secretaria a serviço da cultura e não a serviço desses poucos que fizeram do espaço que é de todos extensão de seus domínios pessoais, de seus quintais.

As artes que esses atuais detentores da cultura fazem em seus quintais não nos interessa e não nos diz respeito, portanto não temos que ajudar a patrocinar essas maluquices e esses projetos mal intencionados. Isso vai acabar depois da audiência pública. Quem viver, verá!