Assim até eu que sou mais boba topo fazer: arrecadar com aval da prefeitura! Essa turma sabe muito bem o que está fazendo, bobos somos nós que não denunciamos mais essa maracutaia!

terça-feira, 3 de abril de 2007

A notícia tal como ela é

Classe artística solta o verbo na Câmara
Sem representação entre os vereadores, produtores e artistas defendem sua atuação e defendem Lei de Estímulo
Diego Molina
Com audiência pública marcada para apurar denúncias de irregularidades na Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e a apresentação de um projeto de lei que pretende modificar a estrutura da Lei de Estímulo à Cultura, tem-se a impressão de que finalmente a classe artística pode ganhar voz na Câmara Municipal de Bauru.

Representantes da Sociedade Amigos da Cultura (SAC) e de outras entidades organizadas do setor devem comparecer hoje à sessão extraordinária para acompanhar a fala do diretor teatral Bruno Wan Dick na Tribuna. A intenção da classe artística é mostrar como se dá a atuação da SAC, existente na cidade há cerca de 10 anos, e de outras entidades culturais regulares, como a Associação de Teatro de Bauru e Região (ATB), Cineclube Aldire Pereira Guedes e Associação de Dança de Bauru (Adab).

Para o produtor cultural Zé Ramos, presidente da SAC, a discussão de denúncias na SMC pelos vereadores não pode denegrir o trabalho realizado pelos grupos e artistas da cidade. “Se um vereador fala mal da (secretaria de) Cultura, é uma briga do Legislativo com o Executivo, não com os artistas e com a SAC”, frisa.

Ramos coloca que a SAC vem tentando organizar um histórico de todos os projetos promovidos, apresentados à SMC e realizados pela entidade nos últimos anos, com o intuito de comprovar a atuação da entidade e até mesmo mostrar como a Lei de Estímulo vem funcionando para a classe artística. Segundo o presidente, muitos projetos foram inscritos na lei através da SAC, nos últimos anos, em razão da exigência de uma associação organizada juntamente com o autor ou realizador.

“A SAC é aberta. As pessoas não pagam nada para participar, qualquer um (artista ou produtor) pode se apresentar pela SAC, é preciso apenas cumprir o que pede o estatuto, exige-se pelo regimento que a pessoa participe das reuniões (para obter o aval da associação para a apresentação de projetos)”, explica Ramos.

O diretor teatral Márcio Pimentel, representante paulista na Câmara Setorial Nacional de Teatro, entidade ligada à Fundação Nacional das Artes (Funarte), frisa que a fala na Tribuna, hoje à tarde, pretende esclarecer sobre o desenvolvimento dos projetos e do que a classe artística faz com a comunidade.

“É uma classe muito prejudicada, sem visibilidade. Os poderes (Executivo e Legislativo) têm de estar cientes da situação. Os vereadores precisam comparecer aos encontros (da SAC) para visualizar os trabalhos e nosso processo, precisam se interessar antes de levantar um projeto para mudar a Lei de Estímulo. Isso é incoerente e desmotiva todo o processo de classe”, afirma Pimentel.

Um comentário:

Anônimo disse...

A "classe" da cultura solta o verbo atrás de verba!

E a verba está sendo distribuída observando um critério que eles acham sério: para promover a candidatura do secretário da cultura a vereador, para representar a classe na câmara.

Em Bauru há muito mais motoboys que agentes culturais, mas ninguém inventou uma lei de estímulo para aqueles, nem tampouco alguém defende que devam ter seu representante na câmara dos vereadores.

Há também muito mais esportistas, muito mais professores, muito mais advogados, até mais garotas de massagem...

Mas a turma da Nações tem uma coisa que os outros não têm: têm tempo para ficar coçando o saco e pensando formas de transferir dinheiro público para seus bolsos.