Assim até eu que sou mais boba topo fazer: arrecadar com aval da prefeitura! Essa turma sabe muito bem o que está fazendo, bobos somos nós que não denunciamos mais essa maracutaia!

domingo, 28 de janeiro de 2007

Quem não te conhece, que te compre!

Quem não te conhece, que te compre! Essa surrada expressão foi recentemente lembrada por conhecido empresário bauruense quando lhe foi perguntado sobre o que diria ao "arrecadador carnavelesco" do projeto roubanet, caso fosse abordado por este em nome do prefeito e do secretário de cultura.

É mesmo para se pensar como é que essa turma consegue se superar! Quando acreditamos que já esgotaram todo o saco de bobagens, eles surgem com uma maior ainda! De onde foi que tiraram de escolher exatamente o "arrombador maluco" para essa função de correr o chapéu junto às empresas? Será que é algum tipo de pena alternativa? Ou agora estão premiando quem prevarica?

De qualquer forma é um risco que resolveram correr por sua própria conta, pois quem é que, em sã consciência, compraria um carro usado do "mestre da boa vida"? Só mesmo algum louco ou alguém que possa ser beneficiado de alguma forma por essa escolha.

Podemos ter certeza que aí tem coisa! Nesse mato tem muitos coelhos! Colocar uma raposa para tomar conta do galinheiro só se faz se houver algum interesse muito grande por trás ou se a maconha estiver estragada, como essa última hipótese está fora de cogitação, não demorará muito para descobrirmos qual é a rapinagem dessa vez.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Toda a atenção é pouca!

A imprensa é a maior aliada da democracia e da fiscalização da administração pública.

No caso da imprensa bauruense, formada praticamente por pratas da casa, por profissionais que estudaram, em sua grande maioria, aqui mesmo em Bauru, é muito mais ainda, pois todos vivem aqui há um bom tempo e conhecem os meandros da política local e as biografias dos agentes públicos.

Mas nesse caso temos que dar um alerta aos companheiros jornalistas, e é em relação ao "projeto caça níqueis roubanet".

Toda a atenção é pouca, principalmente com certo "coletor" ou "captador", como quiserem, que há alguns meses vem ressurgindo das cinzas, ou da lama, sabe-se lá. Para ficar bem claro: é aquele que da escola que vocês estudaram, foi expulso, literalmente. Deu para entender?

Só mais uma dica: não adianta colocar trancas depois que arrombarem as gavetas. Ficou mais fácil?

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

O carnaval do carnaval

2007 começou com surpresa. Uma surpresa ruim: com menos de um mês para o carnaval vem a notícia de que um "empresário" e um "dirigente de ong" serão os responsáveis pela "captação" de recursos para um projeto de ressuscitar o carnaval de Bauru através do desfile das escolas de samba. A captação seria baseada na Lei Rouanet, que permite às empresas descontar dos impostos as contribuições que fizerem.

Esse projeto havia sido elaborado por uma empresa de nome Pró Cultura, que estranhamente realizara evento musical no final de 2006 em parceria com a secretaria da cultura. Verificado o histórico da tramitação do projeto dentro do ministério da cultura, verificou-se que o mesmo havia sido apresentando em 2005 por outra entidade ainda.

Passada uma semana do anúncio vem uma segunda notícia: o prazo para a captação, para o carnaval de 2007, se esgotara. Já não haveria mais a tal parceria entre a Lesec e a Pró Cultura, pelo menos para esse ano.

Aí que mora o perigo, pois os envolvidos no projeto têm agora um ano todo para arrecadar os tais recursos, da ordem de 2 milhões de reais, para o carnaval de 2008.

A cena foi armada: o anúncio em tempo impossível de realizar o evento em 2007; a reação dos outros envolvidos, cercadas até de pesadas insinuações quanto a idoneidade do projeto e de seus idealizadores; o anúncio da impossibilidade prática da realização em 2007 e o silêncio sobre o futuro do projeto.

Esse pré carnaval, essa Mincareta bauruense, que já recebeu o epíteto de Picareta, se não foi planejada por espertalhões, teve o efeito de criar uma espécie de alvará para que os envolvidos possam dar continuidade a essa "captação de recursos", sem prestar contas a ninguém, até como forma de responderem aos questionamentos a que foram submetidos.

Se não houver quem permaneça atento a todos os movimentos desse grupinho, composto pelos "agentes culturais", "empresários", "dirigentes de ongs" e até mesmo os funcionários da prefeitura da área de cultura, poderemos ter mais surpresas do as que já tivemos. Seguramente não serão boas surpresas.

Talvez não adiante esperar uma manifestação do prefeito dando explicações sobre todas as fases obscuras do projeto. Pode ser que o prefeito nem tenha se dado conta dos perigos envolvidos na empreitada, mas, para ele é só o nome e a idoneidade que estão em jogo.

Para nós outros, muito mais coisas estão em jogo, desde a nossa inteligência, que pode ser enganada por movimentos orquestrados pelos "pais do carnaval" até a decisão sobre o que é realmente prioritário para nossa cidade, se podemos concordar com a arrecadação privada de 2 milhões de reais, sobre os quais não teremos nenhum controle.

Se o projeto não traz dentro de si algum tipo de coisa suspeita, que se faça uma audiência pública e que todos os interessados possam dar seus palpites e possam exercer o direito de fiscalizar os atuais envolvidos, principalmente os arrecadadores, pois há entre eles até quem já tenha sido exonerado do serviço público por motivos muito graves e que não podem ser esquecidos.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Comentarios interessantes

Recebemos vários comentários sobre o assunto do "carnaval rouanet", vamos reproduzir dois deles aqui no corpo do blog embora permaneçam incorporados aos artigos e possam ser lidos também lá.

O primeiro, que é assinado por "Professor Indignado" e se refere ao artigo Pega na Mentira , diz o seguinte:

"Essa história está pegando muito mal! E não vejo ninguém da assessoria do prefeito preocupar-se em dar alguma explicação. Até parece que não é com eles!

Trata-se de movimentar um montante bastante razoável de recursos, em nome da comunidade e sob o manto da prefeitura; o mínimo que se deve exigir nesse caso, como em outros também, é que haja idoneidade comprovada, ou melhor: que não haja nada que comprove sua falta de idoneidade.

Parece que no caso em questão esse critério não foi levado em conta. Se o prefeito quiser saber com quem está se envolvendo basta consultar nossos colegas da Rádio Unesp e da FAAC.

Não devemos estigmatizar uma pessoa por pior que tenha sido sua conduta, mas não podemos dar a ela responsabilidades que envolvam toda a sociedade.

A legitimidade de usar da Lei Rouanet para alavancar o carnaval de Bauru poderia até ser questionada, mas uma vez tomada a decisão, temos que ser rigorosos na escolha de quem vai atuar no projeto.

Temos que encontrar mecanismos de fiscalização eficientes, que não permitam qualquer deslize, para que esse mecanismo de viabilização de projetos culturais não venha a se tornar mais um expediente usado por espertalhões para se apropriarem de dinheiro público.

Não teço esses comentários com o intuito de prejudicar quem quer que seja e dou-me o direito de não me identificar para não causar mais constrangimento ainda a um ex colega professor.

A quem realmente me conhece não restará dúvida sobre minha identidade."


O segundo, assinado por Carlos Matheus, e que se refere ao artigo Projeto Caça Níqueis , diz:

"Essa idéia de Audiência Pública foi a melhor sugestão que até hoje já ouvi para esses projetos que se financiam através de renúncia fiscal.

Temos que moralizar essa coisa! Do jeito que está qualquer malandro pode apresentar projetos do porte desse do carnaval e sair por aí arrecadando e usando o peso e a estrutura da prefeitura para abordar possíveis financiadores.

Cabe agora ao senhor prefeito e aos Vereadores, principalmente o Presidente da Câmara, levar adiante essa sugestão.

Vamos dar o exemplo a partir daqui, vamos transformar essa coisa que começou mal como uma bandalheira em um exemplo de Bauru para o Brasil."


Esses dois comentários, além de outros e de emails que temos recebido demonstram duas coisas: que há uma grande preocupação com o tipo de procedimento adotado nesse obscuro caso do projeto do carnaval, e que as pessoas atribuem ao Prefeito, como não poderia deixar de ser, a responsabilidade de vir a público dar os esperados esclarecimentos e de tomar as rédeas para determinar que haja transparência total em tudo o que disser respeito a esse assunto. Aliás o compromisso com transparência é o mínimo que esperamos do senhor Prefeito em todos os atos da administração que dirige.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Projeto Caça Níqueis

Encontramos na net, no site do Ministério da Cultura, algumas referências a esse misterioso "projeto" tão falado nestes dias de véspera de carnaval

A primeira referência é de 2005, quando o projeto já havia sido apresentado e não fora analisado até o dia 16 de dezembro daquele ano. O "projeto" tinha outro protocolo e outro nome (veja abaixo), talvez resultado de erro de digitação.

05 7335 Carnaval de Bauru: O Repertório da Maior Festa Popular Coletiva de Bauru

O "projeto" deve ter sido apresentado novamente em 2006 e foi aprovado nos termos a seguir:

Nº Pronac :065671 - Carnaval de Bauru: O Retorno da Maior Festa Popular Coletiva de Bauru

Proponente : Instituto Brasil Com

UF : SP Área: Artes Integradas Segmento : Carnaval Situação : Aguarda Captação de Recursos

Sumário do projeto: O objetivo do projeto é realizar o carnaval da cidade de Bauru/SP, nos moldes de Desfiles de Escola de Samba no Sombódromo da cidade, por meio de apresentações das Seis escolas de samba da cidade: Mocidade, Coroa Imperial, Azulão do Morro, Águia de Ouro, Tradição e Cartola.

Período de Captação : 01/01/2007 a 31/03/2007

Autorizado p/Captar R$: 2.032.414,80 Captado R$ : 0,00 Saldo a Captar R$ : 2.032.414,80


É de se notar que:

1. a captação poderia ter sido iniciada no começo do ano;

2. o "projeto" cita explicitamente todas as escolas de samba de Bauru, não poderia haver então discordância, pois todas elas supostamente sabiam do projeto; e

3. a proponente é outra que a anunciada pelos "empresários captadores", que chegaram a alegar que a Lesec havia procurado a Pró Cultura Marketing e Eventos que ninguém sabe como é que apareceu na jogada.


Agora é a hora de perguntar:

1. como é que a Lesec entrou em contato com a Pró Cultura?;

2. como é que o Instituto Brasil Com é o proponente do "projeto"?;

3. quem foi que nomeou os "empresários" daqui para fazerem a captação dos recursos?;

4. qual é o papel do senhor Secretário da Cultura nesse "imbróglio" todo?;

5. quanto sabe o senhor Prefeito sobre mais essa armação feita pelo seu Secretário da Cultura?


Esse questionamento se faz necessário e estamos sugerindo aos envolvidos, o senhor Prefeito, seu Secretário da Cultura, os representantes da Lesec, representantes do Instituto Brasil Com e da Pró Cultura, além dos "empresários" captadores, que realizem uma Audiência Pública na Câmara Municipal.

E que todos os interessados, além dos Vereadores, do Ministério Público e da Imprensa, tenham acesso ao tal "projeto" e que a divisão de trabalho, de responsabilidades e de eventuais "comissões" pela captação, fiquem bem esclarecidas e justificadas.

Damos essa sugestão por sabermos que há boatos, que circulam nos meios políticos e culturais, insinuando que o senhor Secretário da Cultura teria se reunido diversas vezes com os "empresários" da captação, muito antes do atabalhoado e intempestivo anúncio do "projeto".

Para que não pairem dúvidas sobre a lisura dos encaminhamentos anteriores, tão mal divulgados, feitos quase na surdina, à sorrelfa, e para que o "projeto" possa ter continuidade e que seja abraçado por todos os interessados, seria muito importante essa Audiência Pública.

Sem ela haverá muitas dúvidas que permanecerão o ano todo no ar e que poderão levar a que muitos façam mau juízo dos principais envolvidos até agora.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Pega na mentira

Os organizadores do "carnaval profissional" afirmam que porão 35 mil pessoas no Sambódromo Izzo Filho em cada uma das duas "noites de folia" a que se resumirão os festejos de 2007.

Será que, aos moldes dos cinemas, farão várias sessões por noite? Só se for assim, pois o sambódromo comporta exatamente 15 mil pessoas. Ou vão ampliar o sambódromo com os 2 milhões de reais que arrecadarão usando o nome do prefeito?

Isso está com cara de golpe! Que profissional é esse que promete colocar 35 mil pessoas em um lugar construído para 15 mil? Quem é o louco que vai dar alvará para um evento desse? É caso de perguntar ao prefeito: como é que ele autorizou uns exagerados como esses a usarem seu nome e números falsos para arrecadar 2 milhões de reais de renúncia fiscal?

Ele deve saber que é dinheiro público, e como tal está sujeito à fiscalização do Ministério Público, e que deverá ser fiscalizado até com mais rigor, pois, mesmo que os "captadores" sejam honestíssimos (Deus queira que sim!), um volume de dinheiro desse porte pode acabar virando uma tentação e os pobres e indefesos voluntários podem vir a perder suas vingindades pela sedução irresistível do vil metal. É muito melado para quem não está acostumado! Coitados!

Acho que devíamos cortar esse assunto pela raiz. Pode causar muitos problemas e nenhum benefício, a não ser para alguns espertalhões. O prefeito tem coisa muito mais séria a fazer que perder tempo com esses devaneios de grandeza desses aprendizes de feiticeiros.

Quem erra de 15 para 35 não pode ser considerado "profissional" nem aqui nem na República Popular da China; imaginemos um erro desses lá: uma variação de 133 porcento pode nos levar a crer que sua população seria de 3 bilhões, ao invés de 1,3 bilhão como foi estimada em 2005.

Corrigindo pelo mesmo fator, os R$ 2.032.414,80, que os "profissionais" julgam necessários para o "carnaval profissional", seriam na verdade R$ 871.034,91. Resta saber o que eles farão com os R$ 1.161.379,89 restantes. Poderiam promover um carnaval fora de hora, chamaríamos de Picaretas, por motivos óbvios.

Veja, está no Conheça Bauru, dentro do Visite Bauru.
SAMBÓDROMO
Localizado no Núcleo Presidente Geisel

Passarela do samba do carnaval de rua de Bauru, um dos melhores do interior paulista, foi o segundo a ser construído no Brasil e possui capacidade para 15 mil pessoas.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Bloco Esperto!

Em Bauru o Carnaval começa mais cedo!

Já tem um bloco na rua cantando:

Ei! Você aí,
Me dá um dinheiro aí,
Me dá um dinheiro aí.

Ei! Você aí,
Me dá um dinheiro aí,
Me dá um dinheiro aí.

Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver
A grande confusão!

Eu vou beber
Beber até cair
Me dá um dinheiro aí,
Me dá um dinheiro aí.

Como diz o Chinelo Neles:

Esse bloco é patrocinado pela Prefeitura Municipal em convênio com a Bauru Tintas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Isso é que é saber trabalhar!

Meu nome é trabalho!

Os empresários do "carnaval profissional" já contataram, em apenas uma semana, 400 empresas de todo o Brasil, quiçá do mundo, solicitando patrocínio para as "duas noites de folia" pelas quais estão se empenhando a título de colaboração.

Como não são de ferro, trabalham 5 dias por semana, expediente de 8 horas, a cada 12 minutos contataram uma empresa, atingindo essa fantástica marca de 400, no Brasil e no mundo.

Viu como é moleza? Principalmente para quem não é aventureiro! Se cada uma das empresas mandar um cheque ou fizer transferência bancária (na conta de quem?) de míseros R$ 5.081,04, mais a CPMF, terão arrecadado, em tempo recorde, os R$ 2.032.414,80 necessários à realização da "Maior Festa Popular Coletiva", o Retorno.

É isso que dá gosto, trabalhar com profissionais competentes é outra coisa. Arrecadar é uma arte para a qual poucos têm a vocação que têm esse nobres e dedicados "empresários" da cultura, do entretenimento e da arte de viver bem.

Temos que louvar a colaboração desinteressada que estão dando esses abnegados "empresários", exemplo de responsabilidade social, retribuindo à sociedade, com seu trabalho voluntário e seu precioso tempo, o amor e o respeito que todos temos por eles.

O deles

R$ 2.032.414,80
20% começão
R$ 406.482,96
2 "empresários" ajuda de custo
R$ 203.241,48

É pouco!

R$ 2.032.414,80
noite total por pessoa
2 noites 35000 70000 R$ 29,03
por escola
5 escolas de samba R$ 406.482,96
por membro
cada escola 1000 pessoas R$ 406,48
por desfile
2 desfiles R$ 203,24

Comentários

Não resisti, pelo menos um comentário sobre o matéria do JC sou obrigada a fazer: quando algum deles disse: “Nosso trabalho é a captação, é um trabalho sério, de auxílio. Não somos aventureiros..." quase engasguei com a paçoquinha.

Sabe do que lembrei? De uma música que diz assim: "Telma eu não sou gay. O que falam de mim é mentira. Meu bem eu parei.!"

Será que ele parou também? Captou?

É só captação! Novamente captação...


Já que fiz um comentário, faço logo outro: um deles disse também que a intenção é "pavimentar o caminho para o carnaval 2008". Pense bem: quantos quilômetros daria para pavimentar com esses 2 milhões? Quantos buracos daria para tapar? Esse pessoal está querendo é pavimentar sua própria vida...


E tem mais: alguém afirmou que "a organização e a infra-estrutura da festa ficariam a cargo da Lesec e da Secretaria Municipal de Cultura", o que é a mesma coisa que dizer que o mico fica para os carnavalescos e para o prefeito; já os lucros... Quem arrecada fica com quanto, 20%?

Outra: a Pró Cultura "...foi procurada pela Lesec para organizar a volta do Carnaval." Procurada como? Onde? Só falta dizer que a Lesec foi até à Rua Pensilvânia, 1251, no Brooklin, em São Paulo, implorar para a Jussara que a empresa ressuscitasse o tradicionalíssimo carnaval bauruense... Pode ser também que a Lesec nem tenha ido a São Paulo, pois a Pró Cultura esteve em Bauru recentemente, no dia 16 de dezembro pp. A convite de quem? Uma mariola para quem adivinhar! Já vou contando, pois ninguém ia acertar mesmo: a convite do senhor secretário da cultura... Pode ser que nessa mesma data os "empresários locais" tenham selado sua parceria com a Pró Cultura...

A última: um dos "empresários" afirma que a captação é um trabalho "de auxílio", um ajutório, lembra do termo? É como se a Lesec fosse lesa e não conseguisse captar nada, precisasse de especialistas no ramo (da maracutaia). A mesma Lesec que é capaz de organizar um carnaval em 30 dias, depois de seis anos parada...

Porreta!

Vou reproduzir na íntegra matéria do JC, nem sei se vou comentar depois, será necessário? Pois veja:

Jornal da Cidade - 16/01/2007 - Cultura

Madureira critica articuladores que querem desfiles das escolas no Carnaval deste ano

Diego Molina

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Bauru, Paulo Madureira (PP), criticou a ação de articuladores que se responsabilizaram pela captação de recursos, através da Lei Rouanet, para a realização dos desfiles das escolas de samba da cidade para o Carnaval 2007, em seu uso da tribuna ontem, durante sessão extraordinária. Em sua fala, Madureira, que é diretor de Carnaval da Acadêmicos da Cartola, alertou empresários para não correrem risco nem acreditarem em “atitudes oportunistas” promovidas a pouco mais de 30 dias da festa tradicional.

Em matéria publicada anteontem no JC, o diretor comercial da Tackcom Comunicação, Carlos Kleberson Ferreira, e o secretário executivo da ONG Comvida, Reginaldo Tech, afirmaram que se responsabilizaram pela captação de recursos junto à iniciativa privada e que, com pelo menos metade da projeção de R$ 2 milhões - do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) - seria possível colocar integrantes e baterias de seis escolas da cidade para desfilar dois dias no Sambódromo.

“Não há tempo hábil nem mesmo para iniciar a preparação para o Carnaval, pelo menos em relação à Cartola. São necessários pelo menos seis meses para fazer um enredo e organizar o desfile. Juntar gente sem um enredo de qualidade, sem carros alegóricos nem fantasias, não é escola de samba, é somente um desfile de bloco. Sério mesmo seria começar esse movimento agora para ter um belo Carnaval em 2008”, frisa Madureira, em entrevista ao JC.

Ele coloca ainda que, com apenas um mês para o sábado de Carnaval, não há organização para definir como seriam os desfiles (competitivos ou não), como seria a segurança, a infra-estrutura de som, arquibancadas, banheiros e a preparação do Sambódromo – que atualmente serve apenas como quadra de esportes e espaço para feira de automóveis -, entre outros itens para a realização da festa.

“Caso haja recursos, se outras escolas tiverem condição de sair, eu mesmo vou ajudar, mas não temos possibilidade de armar o enredo, fazer ensaios e organizar o desfile agora. Não adianta ter duas pessoas dizendo que vai dar certo porque toda essa estrutura precisa ser pensada, discutida e organizada. Se disserem que vão alavancar as coisas para o Carnaval de 2008, é uma idéia excelente, mas essa conversa precisa ser transparente”, pondera Madureira, que atua no Carnaval bauruense há 35 anos.

A vice-presidente da escola de samba Azulão do Morro, Aparecida Brito Caleda, destaca que mesmo com captação positiva dos recursos orçados para a festa popular, seria necessário “correr contra o tempo” para preparar um desfile com o mínimo de qualidade. “Já temos algumas coisas prontas porque vamos fazer o desfile aqui (no Parque Jaraguá). Teríamos de trabalhar com muita criatividade e reduzir as escolas para dar tempo. Esperamos uma resposta até sexta-feira, porque depois disso fica mais apertado ainda”, comenta.

O desfile das escolas de samba não é realizado em Bauru desde 2001, quando a Prefeitura Municipal decidiu cortar o aporte financeiro que repassava todos os anos às agremiações. Desde então, algumas escolas tentaram manter a tradição ao participar de desfiles em cidades da região ou promovendo a festa em seus próprios bairros.

O projeto “Carnaval de Bauru: O Retorno da Maior Festa Popular Coletiva” foi realizado pela empresa Pró Cultura Marketing e Eventos e aprovado pelo MinC para captação de recursos a partir de dezembro do ano passado. O valor orçado é de R$ 2.032.414,80 para a promoção do desfile de seis escolas: Mocidade Independente da Vila Falcão, Coroa Imperial, Azulão do Morro, Água de Ouro, Tradição da Zona Leste e Acadêmicos do Cartola. A assessoria do MinC informou ao JC que o período de captação vai até o final deste ano, apesar do projeto ter sido aprovado para a festa de 2007, o que possibilitaria a destinação dos recursos aos desfiles do próximo ano.


_______________________


‘Não somos aventureiros’

Carlos Kleberson Ferreira, diretor da Tackcom Comunicação, e Reginaldo Tech, da ONG Comvida, rebateram as declarações do diretor de Carnaval da Acadêmicos da Cartola, Paulo Madureira. De acordo com os dois, cinco escolas de samba garantiram ser possível a realização de um desfile de Carnaval em 2007 durante reunião que também contou com a direção da Liga das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Bauru (Lesec). A Cartola não mandou representantes.

Segundo Tech, o fato das agremiações terem afirmado que poderiam desfilar foi que disparou a corrida pela captação de recursos. “Quem garantiu o desfile foram as escolas”, diz. O secretário executivo da ONG Comvida explica que o papel de sua entidade e da Tackcom é apenas a captação de recursos para viabilizar o desfile como foi acordado com a Pró Cultura Marketing e Eventos.

O organização e a infra-estrutura da festa ficariam a cargo da Lesec e da Secretaria Municipal de Cultura, afirma Tech. “Nosso trabalho é a captação, é um trabalho sério, de auxílio. Não somos aventureiros. Nós somos parceiros da Pró Cultura, que foi procurada pela Lesec para organizar a volta do Carnaval”, completa.

Segundo Ferreira, na última semana 400 empresas de todo Brasil foram contatadas e algumas já estão estudando a possibilidade de investir no evento. O prazo máximo para a captação de recursos é sexta-feira. Para Tech, a importância da realização do desfile em 2007, além da captação da verba que foi aprovada e só vale para esse ano, é pavimentar o caminho para um desfile maior em 2008. “Se as pessoas que estão criticando tivesse ido à reunião, elas saberiam disso”.


Gustavo Cândido


No Jc

Roteiro do recolhe

Vamos dar uma força para a moçada da arrecadação, como não há outra forma, vamos torcer para eles encherem os bolsos de uma vez, pagarem suas contas atrasadas e esperar que depois algum promotor faça uma devassa nas prestações de contas, só para provar que os malinhas são chegados à malandragem.

O roteiro é o seguinte: empresas de ônibus, sempre têm algum para gastar com quem dá os aumentos de tarifa, no nosso caso é fácil, é só um consórcio, é fácil de conversar, moleza; fornecedores habituais, tipo merenda escolar, remédios, material de construção, esses também têm sempre uma gordurinha para queimar; fornecedores do DAE, dali sai de montão; bancos onde a prefeitura mantém suas contas, o que um gerente não faz por uma conta hoje?; supermercados, tem alguns que estão meio irregulares; e por aí afora.

Outra coisa, é uma suposição, mas há sujeitos que vão dar dez e pedir recibo de vinte, como é que os arrecadadores vão agir nesses casos? É pegar ou largar, o que farão? Alguém tem dúvida?

Há outros que darão em "serviços": divulgação, por exemplo, como vão contabilizar essas contribuições? E se pedirem recibos "a maior", darão? Querem apostar?

Há ainda os que darão em produtos, um pouco de roupas prá bater, cabeleireira e academia prá patroa, desconto na escola dos filhos, algumas latas de tinta, uma abastecida de carro aqui, um almoço ali, uma conta de bar acolá, que ninguém é de ferro, é melhor cada um já andar com um talão de recibos no bolso, pode valer como se fosse um talão de cheques!

Ah, e tem os parentes e amigos! Para esses pode-se dar uns recibos de presente, só para que abatam algum do IR. Será que vão saber fazer isso direitinho? Claro, eles são do ramo!

Para ficar mais fácil e mais ágil, os "agentes culturais" podem ir direto à fonte: é só pedir uma listagem de "empresas amigas da prefeitura" na tesouraria, fica bem mais fácil. Tinha um prefeito que fazia assim, lembram? Passou algum tempo recolhido, mas já está de volta, botando as manguinhas de fora, e pode estar no páreo em 2008. Se o trio parada dura fizer o serviço direitinho, podem até trabalhar com esse tal prefeito, caso ele realmente volte.

Precisado

Será que não tem uma boquinha para mim nessa tal de roanê? Eu também tô precisado!

Como é que esses malucos conseguem sempre se ajeitar? Vira e mexe eles estão no colo dos homi! Nunca vi uma coisa dessas, só dá eles na fita, não tem prá ninguém! E só mexem com coisa grande!

Alguém pode me dar uma força? Sou profissa e carnaval é comigo mesmo. E tem mais, lá em casa são mais de dez votos, isso sem contar os cunhados!

Suando e ralando

Dizem que essa tropinha da arrecadação só sua e rala na hora do sexo, ou do eles chamam de amor que não pode dizer o nome: suam por estarem um pouco acima do peso, e ralam os joelhos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sabedoria empresarial

Não há como negar que empresários bem sucedidos têm algo a mais que outros que vivem batendo as cabeças e inventando formas milagrosas de "ganhar algum".

Estes últimos, que vivem tentando "dar o golpe", quase sempre de forma sorrateira, vêm sempre, com propostas mirabolantes, tentar arrancar na marra o que imaginam ser seu "capital inicial". Ainda bem que nunca dá certo, já imaginaram esses espertalhões com capital na mão?

Já os primeiros, os que realmente podem receber a denominação "empresários", têm os pés no chão; embora muitas vezes tenham a cabeça na lua ou nos céus, de onde trazem idéias fantásticas, têm os pés no chão e sabem que só muito trabalho pode trazer sucesso para os projetos inovadores em que se embrenham.

Os verdadeiros empresários empreendedores aplicam aquela frase de Einstein: 5% de inspiração e 95% de transpiração.

Ontem mesmo tivemos uma demonstração de que há uma brutal diferença entre os que têm os pés no chão e que gostam do trabalho e os "empresários" de papel e de "leis rouanets": um dos meninos prodígios foi procurar um sério e ponderado empresário bauruense para apresentar a fantástica proposta do "carnaval profissional" e pedir a ele que fizesse algumas indicações.

O empresário não se fez de rogado, ligou logo para uma série de amigos e conhecidos encaminhando o "pequeno notável". Logo depois, quando o garoto partiu para o "recolhe", ligou novamente a um por um dos mesmos amigos e disse: "Só quero que você conheça o porqueira que o prefeito autorizou a nos saquear!".

Porqueira! De onde é que ele foi tirar essa? Só sabemos que isso foi muito comentado e motivo de gargalhadas. Virou moda, é um tal de "três porqueiras" daqui, "gang do porqueiras" dali, o apelido pegou fácil. Agora já tem "porqueira um", "porqueira dois", "porqueira três", tem "porqueirão" e "porqueirinha", tem até "porqueira gay" e "(ex) professor porqueira"!

Esse nosso empresário é um homem sábio ou não é? Sabe tudo! Sabe quem vem e sabe quem manda vir!

Não há como duvidar!

Eu tenho fama de comer quietinho...

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

O melhor de tudo

São os argumentos para justificar a "profissionalização" do Carnaval.

Eu mesma não sabia que Carnaval profissional era melhor, nem sabia que existia isso!

É até comovente ver o esforço que fazem esses abnegados meninos para promover "duas noites de folia" para cerca de 35 mil pessoas, ao redor de 10 porcento da população de Bauru. Essa turma parece gostar de trabalhar por esses 10 porcento, ou por mais?

E garantem que com sua iniciativa vão acabar com essa história de ficar dependendo do poder público para bancar a festa"! Sei, santa, sei! Só contaram o segredo para eles!

Essa moçada é cheia sonhos, de idéias, cheia de projetos para um futuro melhor, pena que esse futuro sonhado seja só para eles mesmos, bancado às custas da renúncia fiscal, o que quer dizer a mesma coisa que dinheiro público.

É só observar onde cada um deles exerce sua profissão. É cada coisa enrolada, cada título esquisito, cada currículo exagerado, não há nada que seja comum como o mundo de nós outros, os mortais.

Vão trocar camarotes por patrocínios, espaço publicitário por cotas, vão arrecadar bem mais do que é possível gastar nesses "dois dias de folia", não vão ter que prestar contas de quase nada, e pronto.

Serão meses de folia para eles, isso depois de pagar as dívidas que têm em suas empresas e mesmo na vida pessoal.

Os credores desses "meninos empresários" estão rindo sozinhos!

Até que está barato!

Alguém já fez os cálculos?

Falo do carnaval, para a realização do qual a secretaria da cultura fez parceria com "empresários locais".

Será que eles mesmos, o secretário mutcho loko e os "empresários" do barulho, fizeram?

Se arrecadarem o que consideram "o mínimo", ou seja, 1 milhão de reais, e atingirem o público de 35 mil pessoas em cada das duas noites, terão gasto quase 15 reais por pessoa, como se fosse o preço de um ingresso para um show. Se desfilarem as 6 escolas prometidas, terá sido algo como gastar quase 170 mil por escola.

Caso consigam arrecadar os 2 milhões que julgam ser o custo do carnaval ideal, o "preço do ingresso" subirá para quase 30 reais e o equivalente a gastar mais de 330 mil reais por escola.

Como vão arrecadar pela Lei Rouanet e terão apoio do prefeito para abordar os fornecedores do município, poderão até ultrapassar a casa dos 2 milhões.

Não se pode dizer que será um carnaval caro, desde que ofereçam transporte, alimentação e bebidas ao público, coisa que não disseram que não vão fazer.

E o argumento que usam de que esse recurso arrecadado permaneceria aqui em Bauru será verdadeiro, desde que nenhum dos promotores tenha que se mudar correndo para bem longe.

Confete, serpentina e rodoro metálica.

No carnaval eu não me pertenço, meu corpo não é mais meu, são cinco dias e quatro noites dos mais loucos prazeres.

Fico alucinada, não me segura que vou ter um troço. Fico a milhão, como dizem, fico a milhões.

Fico muito louca, aliás já sou sempre muito louca, mas nem tanto para dar um centavo sequer para esse projeto do Carnaval 2007 de Bauru.

Lei Rouanet? Carnaval de 2 milhões?

Estão é querendo fazer carnaval com dinheiro alheio!

Pois que vão trabalhar!

Só na cabeça de um secretário mutcho loko é que a prefeitura poderia montar uma parceria dessas, e logo com quem!

Será que não basta o que já ocorreu na Unesp e na Rádio Unesp? Querem mais provas? Querem correr mais riscos? Querem envolver a prefeitura? Querem envolver e desgraçar ainda mais o nome do prefeito?

Carnaval é assim: com confete e serpentina custa mil, com rodoro metálica custa milhões, dois no caso.

É a turma do rodoro metálica, é a turma do cheirinho da loló, é a turma de outros cheiros também. Acho que essa turma anda cheirando demais!

Essa turma da rodoro metálica adora metal, o vil metal, o vil metal dos outros!

O meu não, que fique no meu bolso! Dei conta de ganhar com meu próprio trabalho, dou conta de gastar tintim por tintim, inda mais durante o Carnaval!

Que vão trabalhar um pouco, chega de só arrecadar!

Nesse próximo Carnaval vou soltar a franga mesmo, vou gastar os tubos nos tubos, e vou sair cantando pelas ruas um refrão dedicado a essa turminha da arrecadação:

Onde está o dinheiro?
O gato comeu, o gato comeu,
E ninguém viu,
O gato fugiu, o gato fugiu
O seu paradeiro
Está no estrangeiro
Onde está o dinheiro?