Assim até eu que sou mais boba topo fazer: arrecadar com aval da prefeitura! Essa turma sabe muito bem o que está fazendo, bobos somos nós que não denunciamos mais essa maracutaia!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Porreta!

Vou reproduzir na íntegra matéria do JC, nem sei se vou comentar depois, será necessário? Pois veja:

Jornal da Cidade - 16/01/2007 - Cultura

Madureira critica articuladores que querem desfiles das escolas no Carnaval deste ano

Diego Molina

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Bauru, Paulo Madureira (PP), criticou a ação de articuladores que se responsabilizaram pela captação de recursos, através da Lei Rouanet, para a realização dos desfiles das escolas de samba da cidade para o Carnaval 2007, em seu uso da tribuna ontem, durante sessão extraordinária. Em sua fala, Madureira, que é diretor de Carnaval da Acadêmicos da Cartola, alertou empresários para não correrem risco nem acreditarem em “atitudes oportunistas” promovidas a pouco mais de 30 dias da festa tradicional.

Em matéria publicada anteontem no JC, o diretor comercial da Tackcom Comunicação, Carlos Kleberson Ferreira, e o secretário executivo da ONG Comvida, Reginaldo Tech, afirmaram que se responsabilizaram pela captação de recursos junto à iniciativa privada e que, com pelo menos metade da projeção de R$ 2 milhões - do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) - seria possível colocar integrantes e baterias de seis escolas da cidade para desfilar dois dias no Sambódromo.

“Não há tempo hábil nem mesmo para iniciar a preparação para o Carnaval, pelo menos em relação à Cartola. São necessários pelo menos seis meses para fazer um enredo e organizar o desfile. Juntar gente sem um enredo de qualidade, sem carros alegóricos nem fantasias, não é escola de samba, é somente um desfile de bloco. Sério mesmo seria começar esse movimento agora para ter um belo Carnaval em 2008”, frisa Madureira, em entrevista ao JC.

Ele coloca ainda que, com apenas um mês para o sábado de Carnaval, não há organização para definir como seriam os desfiles (competitivos ou não), como seria a segurança, a infra-estrutura de som, arquibancadas, banheiros e a preparação do Sambódromo – que atualmente serve apenas como quadra de esportes e espaço para feira de automóveis -, entre outros itens para a realização da festa.

“Caso haja recursos, se outras escolas tiverem condição de sair, eu mesmo vou ajudar, mas não temos possibilidade de armar o enredo, fazer ensaios e organizar o desfile agora. Não adianta ter duas pessoas dizendo que vai dar certo porque toda essa estrutura precisa ser pensada, discutida e organizada. Se disserem que vão alavancar as coisas para o Carnaval de 2008, é uma idéia excelente, mas essa conversa precisa ser transparente”, pondera Madureira, que atua no Carnaval bauruense há 35 anos.

A vice-presidente da escola de samba Azulão do Morro, Aparecida Brito Caleda, destaca que mesmo com captação positiva dos recursos orçados para a festa popular, seria necessário “correr contra o tempo” para preparar um desfile com o mínimo de qualidade. “Já temos algumas coisas prontas porque vamos fazer o desfile aqui (no Parque Jaraguá). Teríamos de trabalhar com muita criatividade e reduzir as escolas para dar tempo. Esperamos uma resposta até sexta-feira, porque depois disso fica mais apertado ainda”, comenta.

O desfile das escolas de samba não é realizado em Bauru desde 2001, quando a Prefeitura Municipal decidiu cortar o aporte financeiro que repassava todos os anos às agremiações. Desde então, algumas escolas tentaram manter a tradição ao participar de desfiles em cidades da região ou promovendo a festa em seus próprios bairros.

O projeto “Carnaval de Bauru: O Retorno da Maior Festa Popular Coletiva” foi realizado pela empresa Pró Cultura Marketing e Eventos e aprovado pelo MinC para captação de recursos a partir de dezembro do ano passado. O valor orçado é de R$ 2.032.414,80 para a promoção do desfile de seis escolas: Mocidade Independente da Vila Falcão, Coroa Imperial, Azulão do Morro, Água de Ouro, Tradição da Zona Leste e Acadêmicos do Cartola. A assessoria do MinC informou ao JC que o período de captação vai até o final deste ano, apesar do projeto ter sido aprovado para a festa de 2007, o que possibilitaria a destinação dos recursos aos desfiles do próximo ano.


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‘Não somos aventureiros’

Carlos Kleberson Ferreira, diretor da Tackcom Comunicação, e Reginaldo Tech, da ONG Comvida, rebateram as declarações do diretor de Carnaval da Acadêmicos da Cartola, Paulo Madureira. De acordo com os dois, cinco escolas de samba garantiram ser possível a realização de um desfile de Carnaval em 2007 durante reunião que também contou com a direção da Liga das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Bauru (Lesec). A Cartola não mandou representantes.

Segundo Tech, o fato das agremiações terem afirmado que poderiam desfilar foi que disparou a corrida pela captação de recursos. “Quem garantiu o desfile foram as escolas”, diz. O secretário executivo da ONG Comvida explica que o papel de sua entidade e da Tackcom é apenas a captação de recursos para viabilizar o desfile como foi acordado com a Pró Cultura Marketing e Eventos.

O organização e a infra-estrutura da festa ficariam a cargo da Lesec e da Secretaria Municipal de Cultura, afirma Tech. “Nosso trabalho é a captação, é um trabalho sério, de auxílio. Não somos aventureiros. Nós somos parceiros da Pró Cultura, que foi procurada pela Lesec para organizar a volta do Carnaval”, completa.

Segundo Ferreira, na última semana 400 empresas de todo Brasil foram contatadas e algumas já estão estudando a possibilidade de investir no evento. O prazo máximo para a captação de recursos é sexta-feira. Para Tech, a importância da realização do desfile em 2007, além da captação da verba que foi aprovada e só vale para esse ano, é pavimentar o caminho para um desfile maior em 2008. “Se as pessoas que estão criticando tivesse ido à reunião, elas saberiam disso”.


Gustavo Cândido


No Jc

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