Assim até eu que sou mais boba topo fazer: arrecadar com aval da prefeitura! Essa turma sabe muito bem o que está fazendo, bobos somos nós que não denunciamos mais essa maracutaia!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Pega na mentira

Os organizadores do "carnaval profissional" afirmam que porão 35 mil pessoas no Sambódromo Izzo Filho em cada uma das duas "noites de folia" a que se resumirão os festejos de 2007.

Será que, aos moldes dos cinemas, farão várias sessões por noite? Só se for assim, pois o sambódromo comporta exatamente 15 mil pessoas. Ou vão ampliar o sambódromo com os 2 milhões de reais que arrecadarão usando o nome do prefeito?

Isso está com cara de golpe! Que profissional é esse que promete colocar 35 mil pessoas em um lugar construído para 15 mil? Quem é o louco que vai dar alvará para um evento desse? É caso de perguntar ao prefeito: como é que ele autorizou uns exagerados como esses a usarem seu nome e números falsos para arrecadar 2 milhões de reais de renúncia fiscal?

Ele deve saber que é dinheiro público, e como tal está sujeito à fiscalização do Ministério Público, e que deverá ser fiscalizado até com mais rigor, pois, mesmo que os "captadores" sejam honestíssimos (Deus queira que sim!), um volume de dinheiro desse porte pode acabar virando uma tentação e os pobres e indefesos voluntários podem vir a perder suas vingindades pela sedução irresistível do vil metal. É muito melado para quem não está acostumado! Coitados!

Acho que devíamos cortar esse assunto pela raiz. Pode causar muitos problemas e nenhum benefício, a não ser para alguns espertalhões. O prefeito tem coisa muito mais séria a fazer que perder tempo com esses devaneios de grandeza desses aprendizes de feiticeiros.

Quem erra de 15 para 35 não pode ser considerado "profissional" nem aqui nem na República Popular da China; imaginemos um erro desses lá: uma variação de 133 porcento pode nos levar a crer que sua população seria de 3 bilhões, ao invés de 1,3 bilhão como foi estimada em 2005.

Corrigindo pelo mesmo fator, os R$ 2.032.414,80, que os "profissionais" julgam necessários para o "carnaval profissional", seriam na verdade R$ 871.034,91. Resta saber o que eles farão com os R$ 1.161.379,89 restantes. Poderiam promover um carnaval fora de hora, chamaríamos de Picaretas, por motivos óbvios.

Veja, está no Conheça Bauru, dentro do Visite Bauru.
SAMBÓDROMO
Localizado no Núcleo Presidente Geisel

Passarela do samba do carnaval de rua de Bauru, um dos melhores do interior paulista, foi o segundo a ser construído no Brasil e possui capacidade para 15 mil pessoas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas hoje saiu que nao vai mais ter nem carnavla em Bauru como sempre. Bauru ta perdida mesmo. E acho tb que as escolas poderiam arrecadar verbas pra fazer seu carnval sem rpecisar do din din da prefeitura, nao vejo nenhuma se esforçando pra isso o ano inteiro.

Anônimo disse...

mudem a mentalidade
Devemos pensar no que é essencial!

A verba do carnaval deve ir para:
-A infraestrutura da cidade que a cada ano está pior;
-As escolas municipais;
-Pronto atendimentos;

Como ainda tem gente que pensa em carnaval na atual situação?

Concordo com a opinião anterior em, se as "escolas" de samba querem carnaval, que gerem elas mesmas o capital necessário.

Anônimo disse...

Essa história está pegando muito mal! E não vejo ninguém da assessoria do prefeito preocupar-se em dar alguma explicação. Até parece que não é com eles!

Trata-se de movimentar um montante bastante razoável de recursos, em nome da comunidade e sob o manto da prefeitura; o mínimo que se deve exigir nesse caso, como em outros também, é que haja idoneidade comprovada, ou melhor: que não haja nada que comprove sua falta de idoneidade.

Parece que no caso em questão esse critério não foi levado em conta. Se o prefeito quiser saber com quem está se envolvendo basta consultar nossos colegas da Rádio Unesp e da FAAC.

Não devemos estigmatizar uma pessoa por pior que tenha sido sua conduta, mas não podemos dar a ela responsabilidades que envolvam toda a sociedade.

A legitimidade de usar da Lei Rouanet para alavancar o carnaval de Bauru poderia até ser questionada, mas uma vez tomada a decisão, temos que ser rigorosos na escolha de quem vai atuar no projeto.

Temos que encontrar mecanismos de fiscalização eficientes, que não permitam qualquer deslize, para que esse mecanismo de viabilização de projetos culturais não venha a se tornar mais um expediente usado por espertalhões para se apropriarem de dinheiro público.

Não teço esses comentários com o intuito de prejudicar quem quer que seja e dou-me o direito de não me identificar para não causar mais constrangimento ainda a um ex colega professor.

A quem realmente me conhece não restará dúvida sobre minha identidade.